Flávio Marcus da Silva, fevereiro de 2009.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
A Baixa de Lisboa
Depois de tomar um café duplo na pastelaria da esquina, perto da pensão (e sempre que me batia aquela angústia terrível, que apertava o meu coração sem piedade, eu tomava um café forte, revigorante, numa chávena bem grande), embrulhado no sobretudo ridículo que eu havia comprado em uma loja de roupas usadas em Belo Horizonte (achando que era moda na Europa), peguei o Metro perto dali e desci na Estação Saldanha. Meu primeiro contato com a Baixa foi estranho. Não sei bem como descrever: eu olhava para os lados e via igrejas e prédios enormes dos séculos XVIII e XIX; sentia um cheiro diferente, de passado, de coisa boa, não sei explicar. Era como estar numa Ouro Preto gigante, diria eu, abestalhado, naquela ocasião, sem qualquer outra referência; mas hoje vejo que tudo aquilo era muito diferente da nossa antiga e pobre Vila Rica. A Metrópole era muito mais fria, mais dura, distante e triste.
Flávio Marcus da Silva, fevereiro de 2009.
Flávio Marcus da Silva, fevereiro de 2009.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário